Escrito por: TIVIT

 

A adoção da computação em nuvem, ou Cloud Computing, vem crescendo entre as empresas brasileiras. Segundo o estudo Desempenho Global sobre Computação, realizado pela BSA em 24 países que lideram o mercado de TI, o Brasil saltou da 22ª posição em 2016 para a 18º em 2018. Outro levantamento, realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) em 2017, mostrou que o crescimento do segmento Cloud é de  51,7% ao ano no país.

 

Porém, boa parte das aplicações de negócios ainda roda como se estivesse em um Data Center privado, sem considerar as soluções proporcionadas pelo recurso. Com isso, o seu máximo potencial deixa de ser aproveitado. A boa notícia é que é possível (e cada vez mais necessário) reverter a situação por meio do APP Modernization, ou modernização de aplicações. 

 

Esse, inclusive, deve ser um dos primeiros passos das organizações que estão passando pela Transformação Digital. E, para quem acha que a estratégia ainda está longe de ser realidade, de acordo com pesquisas realizadas em 2018, cerca de 75% das empresas em todo o mundo já migraram ou pretendem migrar suas aplicações legadas para o modelo de serverless computing, que em tradução significa computação sem servidor. 

Do que se trata a modernização de aplicações

 

O objetivo da modernização de aplicações é revitalizar aplicações construídas, adicionando capacidades e conceitos que foram construídos nos últimos anos. Entre os princípios estão:

Aposte em uma nova arquitetura

A maioria das aplicações que ainda não passaram por um processo de modernização, são construídas em grandes blocos, muitas vezes chamados de monolíticos. Para se beneficiar de diversas novas tecnologias disponíveis nos ambientes de nuvem é necessário apostar em uma nova arquitetura das aplicações onde os grandes blocos são redesenhados em pequenos serviços, que desempenham funções singulares, também chamados de microsserviços. 

Adoção de Contêineres 

Esse é um dos termos mais usados quando se trata de modernização de aplicações. Os containers podem ser criados a partir dos microsserviços descritos na etapa acima citada. Em linhas gerais, trata-se do processo de distribuir uma aplicação de software de maneira compartimentada, portátil e autossuficiente. 

 

Eles têm a vantagem de serem compactos, rápidos e eficientes quando trabalham orquestrados em diversas tarefas. Além disso, podem ser reiniciados rapidamente em caso de falhas e quedas no desempenho ou quando executados durante longos períodos.

 

Outro benefício importante  é que a solução se adapta ao uso de microsserviços, metodologia comum no desenvolvimento de aplicações móveis. O resultado é a otimização da produção e facilidade na manutenção dos ambientes.

Kubernetes

O Kubernetes se trata da orquestração de containers em código aberto. É responsável pela automatização da implantação, dimensionamento e gestão das aplicações. Desse modo, é possível eliminar a maior parte dos processos manuais necessários para implantar e escalar os aplicativos em containers, além de gerenciar os clusters com mais eficácia e facilidade.

Plataformas Serverless

Trata-se de um modelo de execução de código de computação em nuvem on-demand. Pode ser executada sempre que preciso, não necessariamente associada às tecnologias anteriores. Uma das plataformas com essa finalidade é a Azure APP Service, da Microsoft. 

 

A solução, que entre as principais vantagens traz a elasticidade, oferece uma série de recursos e funcionalidades interessantes, sendo uma das opções para alocação de containers. 

Entre os benefícios desse serviço PaaS estão o fato de que não é necessário ter o controle total da infraestrutura para rodar as aplicações, fazendo com que os profissionais de TI possam se concentrar nas necessidades dos diversos setores de uma empresa. 

 

Nesse cenário, a organização só precisa fazer o desenvolvimento da aplicação e fazer o deploy. Assim, essa pode ser executada sem a necessidade de administrar recursos de IaaS, como rede, storage, sistema operacional e atualização de sistema. 

 

Para você ter uma ideia do potencial desses recursos, segundo a Forrester, containers, Kubernetes e plataformas serverless de computação em nuvem core vão reestruturar a forma como as aplicações funcionam atualmente. Ou seja, é possível afirmar que esse é o futuro das aplicações em todo o mundo. 

O que leva as empresas a modernizarem suas aplicações

São diversos os fatores que levam as organizações a realizarem a modernização de suas aplicações. Entre eles estão a  defasagem das soluções, que as tornam pouco eficientes, os esforços das equipes de TI, que acabam não tendo tempo de resolver demandas importantes para o negócio, e a transformação digital, que já é uma realidade. 

 

Com tantas mudanças, se faz cada vez mais necessário a agilidade dos processos e a entrega de uma experiência de excelência aos consumidores. 

 

Ao utilizar todo o potencial do Cloud Computing a partir da modernização de aplicações, o time de TI deixa de ser visto como um “inimigo” das outras áreas pela demora na entrega das soluções, e passa a ser um aliado para uma série de processos. 

 

Isso porque os profissionais deixam de se preocupar com infraestrutura e podem concentrar esforços na criação de soluções inovadores para a otimização de resultados. 

Segurança e investimentos: dúvidas comuns

Quando se fala em modernização de aplicações, duas dúvidas comuns das empresas são em relação à segurança dos containers e dos investimentos necessários para a migração.

 

Os containers possuem uma ferramenta de segurança que oferece mais métodos para proteger as aplicações do que o modelo tradicional de entrega. Os motivos para isso são que otimizam o isolamento das aplicações e fornecem mecanismos mais rápidos e seguros para a correção de software.

 

Já os investimentos são realizados conforme a demanda de cada empresa. Ou seja, ao contrário do modelo não serveless, em que é necessário pagar para se obter escala, o custo nesse caso é linear. Isso quer dizer que as organizações só investem conforme a solução é utilizada. Tratando-se de negócios, essa é uma grande vantagem, já que não há investimentos desnecessários.

 

A modernização de aplicações é uma realidade que só tende a aumentar. Dessa forma, é essencial para empresas que pretendem continuar entregando suas soluções com qualidade e atendendo ao mercado de forma ágil. 

 

A TIVIT entende os desafios das empresas e, por meio de uma parceria com a Microsoft, disponibiliza uma plataforma com tecnologia de Internet das Coisas (IoT), baseada na nuvem Azure. Para atender demandas específicas, conta com um time de especialistas que faz a análise do cenário, identifica necessidade e possibilidades e busca as melhores aplicações, com o objetivo de trazer eficiência e sucessos aos negócios que estão passando pela transformação digital.

 

 

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