Escrito por: TIVIT

Quando exploramos o mundo da tecnologia, nos deparamos com conceitos inovadores e abordagens revolucionárias que moldam a forma como criamos, mantemos e utilizamos sistemas digitais. Um desses conceitos é o SRE (Site Reliability Engineering), que tem ganhado bastante destaque por sua abordagem única para garantir a confiabilidade dos serviços online.

 

Veja, neste conteúdo, o que é SRE e seus principais objetivos para a indústria da tecnologia.

 

Boa leitura!

 

O que é SRE – Site Reliability Engineering?

 

O Site Reliability Engineering (SRE) é uma abordagem que surgiu no Google, por volta de 2023, para garantir a confiabilidade e a disponibilidade dos sistemas digitais.

 

Ele combina princípios do desenvolvimento de software com operações de infraestrutura. Seu objetivo é garantir a confiabilidade dos sistemas, assegurando que os serviços digitais sejam confiáveis, escaláveis e resilientes.

 

Surgimento do SRE

 

Seu surgimento se baseou em um episódio onde a Google enfrentava desafios significativos de escalabilidade e confiabilidade em sua infraestrutura. A partir disso, os engenheiros da empresa perceberam que abordagens mais tradicionais de operação não estavam atendendo às necessidades do ambiente extremamente escalável e complexo.

 

Então, o SRE foi proposto por Bem Treynor, que liderava a equipe responsável pela confiabilidade dos serviços. A ideia principal era tratar a operação de sistemas de forma mais próxima à maneira como um software é desenvolvido, aplicando práticas de engenharia, automação e métricas quantitativas para alcançar e manter altos níveis de confiabilidade.

 

Com as mudanças do mundo cada vez mais digital, o papel do SRE na indústria da tecnologia passou a refletir a crescente importância da confiabilidade, escalabilidade e automação nos serviços digitais, impulsionando equipes de operações a adotarem práticas proativas e orientadas a métricas para garantir a melhor experiência do usuário possível.

 

Relação entre desenvolvimento de software e operações

 

Como dito anteriormente, o SRE aborda a divisão tradicional entre desenvolvimento de software e operações, promovendo uma cultura em que as duas áreas colaboram de forma eficaz. Ao invés de operar separadamente, as equipes de SRE atuam juntamente com desenvolvedores para garantir que os objetivos sejam prioridades desde a fase inicial, resultando em sistemas mais estáveis, eficientes e ágeis.

 

Conceitos-chave do SRE

 

Veja abaixo os conceitos-chave que norteiam o SRE:

 

  • Erro orçamentado: reconhece que sistemas complexos inevitavelmente terão problemas e define um limite para os mesmos, que consiste em alocar uma parte do tempo de operação para lidar com incidentes, atualizações e outras tarefas que afetam a disponibilidade do serviço.
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  • SLIs (Service Level Indicators): são métricas quantitativas que descrevem o desempenho de um serviço como: tempo de resposta, disponibilidade, latência, entre outros.
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  • SLOs (Service Level Objectives): são metas definidas com base nos SLIs, representando o nível de serviço que a equipe está comprometida em fornecer aos usuários.
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  • SLAs (Service Level Agreements): são acordos estabelecidos entre equipes internas ou com clientes externos, onde serão definidos os compromissos em termos de disponibilidade, desempenho e outras métricas.

 

Estratégia para implementar uma cultura de SRE

 

Antes de implementar o SRE na empresa, é fundamental estabelecer uma cultura que priorize a confiança, automação e a colaboração entre equipes.

 

Veja abaixo alguns aspectos importantes sobre como implementar o SRE no seu negócio:

 

  • Educação e treinamento: iniciar programas de treinamento para toda a equipe, não apenas para os SREs, sobre os princípios, práticas e a importância da confiabilidade;
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  • Definição de metas claras: estabelecer metas específicas de confiabilidade, medidos por SLIs e SLOs, garantindo que as mesmas sejam compreendidas e abraçadas por toda a organização;
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  • Promover a colaboração: incentivar uma cultura onde desenvolvedores, operadores e SREs trabalhem em conjunto desde o início do desenvolvimento de um serviço, compartilhando responsabilidades.

 

Leia mais: Inovação aberta: o que é, vantagens, desafios e como aplicar no negócio

 

Modelos de equipes SRE

 

Existem dois modelos de equipes de SRE onde cada um deles contam com vantagens e desvantagens. O modelo de equipe dedicado oferece especialização e foco, enquanto o incorporado promove uma colaboração mais estreita entre desenvolvedores e operadores. Veja a seguir:

 

  • Equipe de SRE dedicado: são equipes independentes, focadas exclusivamente na confiabilidade e operação dos serviços, sendo responsáveis por vários serviços dentro da empresa.
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  • Equipe de SRE incorporado: são profissionais integrados às equipes de desenvolvimento, colaborando diretamente com os engenheiros para garantir a confiabilidade desde a concepção do serviço.

 

Benefícios do SRE

 

Implementar o Site Reliability Engineering no negócio pode trazer uma série de benefícios, como:

 

  • Redução do tempo de inatividade: priorizar a confiabilidade desde o início do ciclo de vida do produto ou serviço, resulta em sistemas mais estáveis e disponíveis;
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  • Experiência do usuário aprimorada: serviços mais confiáveis oferecem melhor experiência de usuário, aumentando a satisfação e a fidelidade à marca;
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  • Eficiência operacional: a automação e a abordagem baseada em dados do SRE auxiliam na otimização dos processos operacionais, permitindo que as equipes atuem de forma eficaz com incidentes e tarefas de manutenção.
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    Desafios do SRE e como superá-los

     

    Por mais que o SRE traga benefícios significativos para o negócio, alguns desafios ainda precisam ser superados.

     

    A resistência a mudança e a falta de compreensão sobre os benefícios do SRE podem ser obstáculos para empresas com pensamento mais tradicional. Superar isso requer educação, treinamento e um esforço contínuo para alinhar objetivos e valores organizacionais.

     

    Além disso, a complexidade tecnológica pode ser um grande desafio. A integração de ferramentas, gestão de dados e automação em sistemas legados podem exigir esforços significativos. Dessa forma, uma abordagem gradual pode ser eficaz.

     

    Superar esses desafios requer compromisso que vai desde a liderança até as equipes operacionais e de desenvolvimento. Uma comunicação clara e transparente, educação contínua e adaptação às necessidades específicas de cada negócio, são fundamentais para o sucesso na adoção do SRE.

     

    Tendências para o SRE

     

    O SRE continua evoluindo e se integrando a outras práticas e tecnologias, como DevOps, Inteligência Artificial, automatização avançada e prevenção de problemas.

     

    No caso do DevOps, há uma convergência crescente. Enquanto o SRE enfatiza a confiabilidade dos serviços, o DevOps prioriza a colaboração e automaççao entre desenvolvimento e operações. A união dessas práticas resulta em equipes mais ágeis e eficientes, focadas tanto nos princípios do SRE quanto na entrega rápida de software.

     

    Já a aplicação da IA e machine learning no SRE tem se tornado cada vez mais proeminente. Ferramentas de IA podem auxiliar na análise preditiva de incidentes, identificando problemas antes mesmo que aconteçam e sugerindo ações preventivas para evitar interrupções de serviços

     

    Tecnologias que viabilizam o SRE

     

    Existem tecnologias que desempenham papel fundamental na viabilização do SRE, permitindo práticas eficazes para garantir a confiabilidade dos ativos tecnológicos da organização, como serviços de nuvem, que proporciona uma série de benefícios envolvendo escalabilidade, disponibilidade, serviços gerenciados, agilidade e implementação rápida.

     

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