Escrito por: TIVIT

 

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Estudos cada vez mais numerosos têm demonstrado que as relações entre as corporações de atuação global e as startups, que tem em seu ciberespaço a aplicação da Internet das Coisas (IOT), estão mudando de natureza.

Assim, se há poucos anos as corporações viam as startups como uma pequena, porém potencialmente incômoda concorrência, e as startups viam as corporações como um concorrente absolutamente invencível e um investidor com a capacidade de viabilizar sua existência, o modo como essas modalidades de empresas enxergam uma à outra hoje em dia encontram-se cada vez mais longe desses padrões.

Parte dessa mudança se deve ao fato de que, hoje em dia, as lideranças desses tipos de empresa já possuem uma visão muito menos estereotipada e muito mais realista do que elas efetivamente são, quais são seus recursos e quais são os aspectos que ambas devem aprimorar para que elas superem suas limitações.

Por exemplo, enquanto as corporações tradicionais possuem barreiras burocráticas, procedurais e culturais que dificultam o desenvolvimento de inovações, elas contam com maiores recursos, escala e eficiência produtiva, poder econômico e político, bem como uma rede consolidada de clientes, fornecedores e demais stakeholders.

Por outro lado, as startups, embora apresentem menor capital, recursos humanos limitados, menor participação de mercado e menor reconhecimento de marca, oferecem ideias disruptivas, estrutura organizacional ágil, vontade para tomar riscos e aspiração para revolucionar mercados e crescer rapidamente.

Assim, a combinação da globalização com as tecnologias da informação e da comunicação tornou as mudanças mercadológicas cada vez mais rápidas.

As corporações encontraram, na soma de esforços com as startups, o segredo para “rejuvenescer” e desenvolver estratégias que permitirão que essas empresas globais mantenham um conjunto sustentável de vantagens competitivas, as quais serão obtidas por meio da capacidade de inovar mais rápido que seus competidores, identificando novas formas de negócio, desenvolvendo novas tecnologias e produtos, e entrando em novos mercados.

Os mecanismos utilizados para a colaboração entre empresas e startups

Agora, para que essa soma de esforços aconteça, as interações entre corporações e startups costumam acontecer por meio da utilização de cinco mecanismos de colaboração.

Os mais tradicionais são as Incubadoras Corporativas, uma importante ferramenta de apoio para startups, por meio da qual as corporações fornecem à essas novas empresas o ambiente organizacional adequado para que suas inovações radicais possam se desenvolver melhor, e as Aceleradoras Corporativas, um conjunto de programas corporativos que apresentam duração limitada e prestam suporte para grupos de startups por meio de processos de mentoria, educação e disponibilização de recursos específicos.

Além desses dois mecanismos mais tradicionais, temos as Aquisições e Incorporações de startups por parte das grandes empresas, sendo esse terceiro mecanismo um modo mais veloz e radical para incorporar as tecnologias e as capacidades complementares que as startups possuem, o que oferece às corporações a expertise necessária para que elas resolvam problemas específicos dos seus negócios, possibilitando que a organização incorporadora entre mais rapidamente em novos mercados.

Outro mecanismo de interação entre corporações e startups é o Corporate Venture Capital (CVC), que nada mais é do que o investimento e o financiamento de startups, os quais acontecem por meio da obtenção de participação acionária em algumas dessas novas e promissoras empresas de inovação. Tal participação permitirá que a corporação investidora mantenha sua presença e colaboração no desenvolvimento de diferentes tecnologias e mercados, e consiga tanto influenciar as decisões estratégicas das startups em que investe, quanto, é claro, lucrar financeiramente com os seus investimentos.

Por fim, o mais recente mecanismo de interação entre corporações e startups são os Hackathons Corporativos, eventos rápidos e intensos que visam desenvolver projetos de soluções disruptivas, onde seus participantes voluntários se juntam para conceituar, prototipar e produzir produtos e serviços inovadores, ou até mesmo resolver desafios vivenciados pelas corporações patrocinadoras desse tipo de evento.

Com tudo isso em mente, fica evidente que o estabelecimento da nova natureza das relações entre corporações e startups, calcada na cooperação e na colaboração, é mais um exemplo do tipo de relação empresarial mais bem sucedida que existe, a relação ganha-ganha.

 

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