Escrito por: TIVIT

Por muito tempo, os grandes players do mercado eram conhecidos pelos elevados valores investidos em R&D ou pesquisa e desenvolvimento, em português. Inclusive, os orçamentos dessas áreas representavam uma fatia significativa dos custos operacionais.

 

Quando uma empresa desenvolve os seus projetos dessa forma, ela está aplicando a inovação interna ou inovação fechada, como também é chamada. Contudo, o que os gestores buscam é a capacidade de monetizar essas novas ideias por meio do lançamento de produtos e serviços.

 

Se essa entrega não é suficiente, surge a necessidade de buscar externamente as soluções que podem agregar valor ao negócio. Essa é a inovação aberta que também será discutida no decorrer deste artigo. Que tal descobrir mais sobre o assunto? Confira!

O que é a inovação interna?

Em termos simples, a inovação fechada ou interna é baseada apenas na equipe envolvida com o projeto ao longo de cada etapa do processo criativo. Nessa metodologia, as ideias vêm da equipe de colaboradores e gestores que são responsáveis por conduzir os vários estágios de desenvolvimento, teste e implementação.

 

Essencialmente, tudo se passa dentro da empresa, metodologias de trabalho e tecnologia desenvolvidas pertencem à empresa e permanecem sob seu controle. Com base nessa definição, podemos concluir que existem limitações quando a metodologia de inovação interna é aplicada.

 

Existe a crença de que para superar a concorrência é preciso manter sigilo sobre as particularidades do processo e diferenciais competitivos. A ideia é preservar esse capital intelectual e ser o único que desfruta dos resultados.

 

Nesse cenário, os dados estratégicos permanecem protegidos e há um controle total sobre o processo de inovação. Como resultado, isso faz com que a empresa seja pioneira e entregue novos produtos e serviços no mercado com exclusividade.

 

A limitação mais comum nas organizações é o grande número de projetos que não são concluídos, que falham no meio do caminho ou que não atingem o potencial esperado. Descartar uma solução depois de um longo período investindo tempo e recursos é um baque forte tanto para a empresa como para a equipe envolvida.

 

Contudo, o cenário atual criou uma mudança de paradigma nesse sentido. Por exemplo, tanto a Samsung quanto a LG produzem peças para o iPhone, embora sejam consideradas concorrentes.

 

O que nos leva à pergunta: faz sentido focar somente na inovação fechada?

Então, como surgiu a inovação aberta?

A inovação aberta não surgiu para contrariar todos os princípios da inovação fechada e a cultura organizacional da qual faz parte. Esse processo foi gradual quando as empresas começaram a entender a necessidade de ouvir seus parceiros internos.

 

O primeiro passo foi consultar os departamentos de vendas, marketing e, até mesmo, a área operacional. Essa mudança ajudou a ter uma visão mais clara sobre o processo com base nas experiências dessas pessoas. Depois disso, os fornecedores também passaram a ser envolvidos nessa atividade com o intuito de participar dessa cadeia de inovação.

 

O conceito que conhecemos hoje é chamado de inovação em rede e está presente em organizações que estão preocupadas em olhar para além das suas próprias quatro paredes e aumentar o seu potencial inovador.

 

Esse resultado é alcançado a partir da utilização ativa e estratégica do ecossistema à sua volta, de parceiros de tecnologia, passando por startups e até mesmo universidades e instituições de ensino. Eles também estão empenhados em combinar ideias internas e externas, tecnologias, canais de vendas e estratégias para dar vida às suas ideias.

 

Além de proporcionar o amadurecimento dos processos, a empresa abre espaço para criar um fluxo de conhecimento e, com isso, assimilar novos aprendizados. Todos os tipos de influências externas serão levados em consideração no processo inovador, incluindo clientes, fornecedores, concorrentes e funcionários.

 

Como a maioria das ideias disruptivas, esse modelo de inovação é 100% colaborativo, no qual indivíduos e organizações participam de um ambiente que prioriza a interação e a troca de experiências.

Existe espaço para a inovação interna e aberta?

Os benefícios de tornar o processo de inovação focado no compartilhamento de ideias são claros. Os projetos são concluídos em tempo recorde e os resultados positivos dos testes reduzem o tempo entre o desenvolvimento e a comercialização. Além disso, os produtos criados a partir desse conceito têm menor chance de rejeição, o que amplia o seu potencial de sucesso.

 

No entanto, as empresas que já adotaram o processo de inovação aberta também reconhecem o valor da abordagem fechada. Cabe a cada organização, dentro de suas prerrogativas, decidir qual dos modelos mais adere a sua estratégia.

 

O que os especialistas no assunto recomendam é a combinação das duas estratégias. As atividades de inovação a partir de fontes externas, como clientes, fornecedores, universidades ou parceiros de negócios. Essa iniciativa deve ser vista como um complemento aos esforços da própria organização.

 

Assim, o pré-requisito básico para isso é a estruturação de processos de inovação estáveis de forma a integrar, facilitar a colaboração e absorver os resultados obtidos interna e externamente.

Como a tecnologia pode ser uma aliada?

Com a chegada de uma pandemia global, o mercado entendeu que as organizações precisavam mudar, e rápido. Não existe mais a opção de continuar da mesma forma que sempre fizeram e essa mudança de perspectiva deve ser feita para preservar os negócios e o seu futuro.

 

O cenário atual demonstrou, sem espaço para dúvidas, que as organizações não tiveram que fazer escolhas difíceis ou lidar com as falhas de maneira eficaz. Esse é um indicador que os modelos operacionais e de negócios da época pré-pandemia poderiam passar por aperfeiçoamentos.

 

Ou seja, é preciso deixar de lado a mentalidade de que tudo estava funcionando bem o bastante. Mesmo em grandes corporações há espaço para aprimoramento, principalmente no que diz respeito à adoção de esforços de digitalização. Ao pensar no valor a ser investido, o gestor pode questionar o motivo de implementar mudanças quando os resultados são satisfatórios.

 

A justificativa é que as empresas precisam tomar decisões mais bem informadas e mais rápidas, com foco em automação, avaliação e mitigação de riscos em tempo real, entrega contínua e agilidade na implementação de estratégias.

 

E é neste contexto que entra a inovação aberta. A inovação aberta é uma característica central do novo modelo operacional. Da mesma forma que o digital precisa estar no centro da estratégia, a capacidade de inovar nessa velocidade precisa se tornar uma parte central do modelo operacional da organização.

 

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Se você gostaria de saber como podemos juntos transformar a realidade do negócio, confira o nosso post com 5 dicas para definir objetivos empresariais para estratégias de inovação na sua empresa.

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