A agenda da transformação digital e pautada por duas vertentes, Otimização e Transformação. Enquanto a otimização busca a melhoria de processos, busca de maior eficiência e a melhoria e foco na experiência dos usuários. Já a transformação foca na busca de novos negócios, produtos e serviços. Um novo olhar sobre os modelos atuais. Nessa agenda a otimização de processos e uma exigência cada vez maior por produtividade e eficiência, o conceito de metodologia ágil foi ganhando adeptos. Afinal, visa a realização de um número maior de atividades em menor tempo. Isso ocorre por meio de um conjunto de técnicas que promovem a aceleração e acompanhamento das entregas.
Porém, na mesma medida em que várias companhias pelo mundo vêm investindo nessas metodologias, há gestores que ainda são céticos em relação à integração entre qualidade e agilidade. Fato é que a metodologia ágil não se trata somente de ser mais rápido. Por meio de planejamento, colaboração de clientes, feedbacks constantes e equipes com alto nível técnico, é capaz de trazer resultados surpreendentes para as organizações.
Contudo, um passo anterior deve ser considerado: a mudança de mindset e pessoas em sua equipe que entendam seus objetivos e trabalhem por um propósito claro, consequentemente, trazendo resultados.
Por esse motivo, é fundamental que líderes e seus times conheçam o conceito, os mitos que o envolvem e o que é preciso fazer para implementá-lo. Do contrário, seja pelo ágil ou qualquer outro modelo, se os processos não passarem por mudanças e inovação dentro do cenário atual, as chances de insucesso são grandes.
Como dissemos, a metodologia ágil ainda é vista com desconfiança por algumas organizações. Entre os motivos para isso estão mitos e paradigmas que impedem a mudança de mindset e, consequentemente, torna as empresas estagnadas. Pensando nisso, desmistificamos alguns deles. Confira:
Ao contrário do que alguns acreditam, a metodologia ágil pode ser utilizada em qualquer tamanho de equipe ou projeto. Respeitando os conceitos básicos da formação de times ágeis. Para se ter uma ideia, empresas vêm mencionando sucesso em desenvolvimentos ágeis envolvendo mais de 500 pessoas. Outro dado interessante é que 75% dos negócios que utilizam a metodologia estão trabalhando em projetos complexos de médio a grande porte.
Um mito importante a ser citado é que, para a metodologia ágil funcionar, basta instalar um software e está tudo resolvido. Apesar de a tecnologia ser uma grande aliada do método, é essencial que haja a participação humana. Ou seja, o empenho de colaboradores. Do contrário, o sistema não opera da forma como deve ser: bem estruturado, organizado e planejado.
Seguindo na mesma linha, muitos acreditam que o ágil não requer planejamento. Mas afinal, como o método funcionaria sem que houvesse um plano de ação? Na verdade, a metodologia ágil envolve uma grande integração e maturidade dos envolvidos. Dessa forma, é capaz de mudar a mentalidade de gestores, fazendo com que os processos fluam sem maiores resistências.
Não é porque o método visa produzir mais em menor tempo que as empresas podem pegar atalhos para atingir os objetivos. Pelo contrário. Essa é uma maneira disciplinada de realizar e entregar projetos, pois se baseia em entregas com foco no valor para o negócio.
Na realidade, a metodologia ágil reduz o retrabalho. A ferramenta é capaz de prever ciclos de entregas, além de possíveis falhas ou problemas. Outro aspecto que contribui para a eficiência é que a coleta de feedbacks dos usuários ocorre mais cedo, favorecendo a tomada de decisão.
Pelo que mostramos até aqui, você pôde comprovar que a técnica não envolve somente rapidez, mas também a qualidade nas entregas. A tecnologia ágil, que pode ser acessada por diferentes sistemas, coloca o valor percebido como prioridade.
Para implementar a metodologia ágil é essencial ter uma mentalidade ágil. Ou seja, é preciso haver uma otimização interna, em que todos os envolvidos estejam conscientes sobre as mudanças e sigam os processos de forma simples, colaborativa, engajada e focada na excelência. Os pilares do ágil são:
Quando toda a empresa compreende os benefícios de aplicar o método nos processos diários, a implementação se torna muito mais promissora.
Além de precisarem ter uma nova visão sobre a metodologia ágil e engajar as equipes, as empresas podem enfrentar alguns questionamentos, capazes de dificultar ou até impedir a otimização interna.
Porém, esses desafios devem ser superados, pois no cenário atual não há mais lugar para organizações que não estejam implementando novos modelos e inovações, capazes de gerar diferencial competitivo, fidelizar clientes e melhorar os resultados.
Entre os obstáculos estão:
Muitas vezes, as empresas possuem os mesmos recursos e ferramentas que as startups, que já nasceram digitais e inovadoras. Porém, a diferença entre elas é que existe mudança de mindset, cultura e pessoas que entendem os objetivos, trabalham por propósitos claros e estão sempre trazendo resultados.
Desse modo, é importante trazer a cultura de curiosidade e disposição de aprender aos times envolvidos, tudo em nome do cliente.
A inovação deve ser feita na empresa como um todo. Ou seja, não se trata de implementar uma tecnologia ágil em um setor e esperar que os bons resultados apareçam. Ao contrário, é preciso que as empresas se reinventem e se reposicionem sem pegar atalhos. Como adoção primária, sugerimos a estratégia de microcultura e polinização.
Não é possível esperar mudanças de paradigmas ou novos processos eficientes se a empresa negligencia o capital humano. Aumentos de salários e bonificações são excelentes, mas o apoio em relação às inovações é fundamental.
Há vários paradigmas a serem superados quando se trata de implementar a metodologia ágil, que envolvem tanto as organizações quanto a sociedade. Veja quais são eles:
Portanto, ser ágil é buscar um time adaptável, escalável e autogerenciável. Nesse sentido, é preciso agir com menos hierarquia e coordenação e mais colaboração e empatia. Além disso, é importante definir onde sua empresa quer chegar e quais as medidas devem ser tomadas para atingir os objetivos. Riscos sempre irão existir e nunca foi tão necessário conviver com eles.