Em um cenário cada vez mais interconectado da era digital, as botnets surgem como uma das ameaças cibernéticas mais perigosas para os negócios. Essas redes de dispositivos comprometidos, controlados por cibercriminosos, representam um desafio crescente para a segurança online.
Compreender o que é botnet, como funciona e quais os seus riscos é essencial para criar estratégias de proteção no mundo digital.
Boa leitura!
As botnets são conjuntos de dispositivos infectados por malwares e controlados de forma remota por cibercriminosos. Essas redes de dispositivos comprometidos são utilizadas para uma série de atividades de cunho malicioso, envolvendo ataques massivos de negação de serviço (DDoS) até roubo de informações sigilosas e espionagem cibernéticas. Sua constante evolução tem se tornado um desafio para a segurança cibernética das empresas.
Diante dessa ameaça, torna-se essencial entender o funcionamento das botnets, independente do porte do negócio. A capacidade de identificar e mitigar ataques provenientes dessas redes maliciosas pode ser um diferencial quando se fala em segurança corporativa e vulnerabilidade cibernética.
Segundo o relatório Threat Intelligence Center, realizado pela Nokia este ano, a proliferação de dispositivos IoT entre os consumidores contribuiu significativamente para o aumento de ataques DDoS conduzidos por botnets. O resultado foi um aumento de 40% de todo o tráfego DDoS.
As botnets operam em uma estrutura complexa que envolvem etapas distintas, que vão desde a infecção dos dispositivos até a execução coordenada por cibercriminosos. Veja a seguir:
Infecção: o processo começa com a infiltração de um malware nos dispositivos-alvo, podendo ocorrer por meio de ataques de phishing, exploits de softwares, downloads maliciosos ou até mesmo via anexos de e-mails.
Controle: uma vez infectado, o dispositivo se conecta ao servidor central ou a uma série de servidores controlados pelos operadores da botnet. Este se torna um “bot”, ou seja, um dispositivo escravizado.
Coordenação: depois, os cibercriminosos tomam o controle, direcionando os bots para realizar ações coordenadas. Isso pode variar desde ataques massivos de nagação de serviço (DDoS), como dito anteriormente, até atividades de roubo de dados, propagação de spam ou até mesmo mineração de criptomoedas.
Conheça quais são as técnicas mais utilizadas por cibercriminosos para infectar dispositivos.
Exploits de software: exploits são códigos maliciosos desenvolvidos para explorar vulnerabilidades em sistemas operacionais, softwares e aplicativos que facilitam o controle dos hackers. Com esse código infiltrado no dispositivo, os cibercriminosos podem atuar sem qualquer interação com o usuário.
Phishing e engenharia social: utilização de técnicas de persuasão para induzir os usuários a clicarem em links ou baixarem arquivos maliciosos.
Downloads não seguros: obtenção de malware por meio de downloads de fontes suspeitas, como sites piratas ou fontes desconhecidas.
Em 2016, a Mirai Botnet comprometeu milhares de dispositivos IoT, causando grandes danos de conexão à internet ao realizar ataques DDoS. Além de afetar serviços online, esse ataque evidenciou a vulnerabilidade de dispositivos IoT que não contavam com estratégias de proteção cibernética.
👉 Leia mais: Como viabilizar um projeto de IoT
Zeus, outro ataque coordenado por botnet bem conhecido, foi projetado para roubar informações bancárias, comprometendo milhões de computadores e gerando perdas financeiras significativas para empresas e pessoas físicas.
Esses casos reais de botnets evidenciam como essas redes são capazes de causar estragos significativos, que podem ir desde interrupções em serviços até rouvo de informações sensíveis, ilustrando a necessidade crítica de proteger os dispositivos contra essas ameaças.
Os ataques coordenados por botnets representam uma ameaça multifacetada, capaz de causar danos com relação aos dados, serviços e reputação dos negócios.
Veja abaixo alguns riscos que essa ameaça pode expor:
As botnets podem ser utilizadas para acessar dados sensíveis, como informações pesssoais, credenciais de login, dados financeiros e até segredos comerciais. Essas informações são frequentemente vendidas nos mercados clandestinos ou até mesmo utilizadas para extorsão.
Uma das armas mais comuns nas mãos das botnets são os ataques do tipo DDoS, citado anteriormente, onde uma grande quantidade de tráfego é direcionada a um servidor ou rede específica, resultando na sobrecarga de sistemas.
Os setores vitais, como saúde, finanças e infraestrutura podem ser gravemente afetados por interrupções de serviços online, gerando impactos significativos para a população.
As consequências financeiras de um ataque de botnet podem ser bem grandes, envolvendo perdas diretas devido à extorsão até gastos com recuperação, melhorias de segurança e compensação por danos.
Além disso, a confiança dos clientes e parceiros comerciais pode ser abalada. A percepção de falta de segurança pode resultar na perda de clientes e danos duradouros à reputação da marca.
A defesa contra as botnets requer uma abordagem estratégica, que combina tecnologia, educação e vigilância contínua para fortalecer a segurança cibernética de uma organização.
Confira algumas dicas de como proteger o seu negócio dos ataques coordenados por botnet:
Implementar firewalls capazes de filtrar o tráfego malicioso é fundamental para bloquear tentativas de infeção por malware que alimenta as botnets. Além disso, manter os ativos tecnológicos e de segurança sempre atualizados é essencial para corrigir vulnerabilidades conhecidas que podem ser exploradas por esse tipo de ataque.
A educação e conscientização dos colaboradores sobre práticas de segurança cibernética também é um recurso essencial para qualquer tipo de empresa.
Realizar treinamentos e campanhas de conscientização para os times sobre práticas seguras na internet, como a identificação de phishing e a importância de não clicar em links suspeitos ou baixar anexos de e-mails desconhecidos.
👉 Leia mais: Zero trust: o que é, qual a sua importância e como implementar
O monitoramento constante de tráfego de rede em busca de atividades suspeitas também pode ser muito importante para mitigação de riscos.
Implementar sistemas de monitoramento de rede e análise de tráfego pode auxiliar a identificar comportamentos atípicos que possam indicar possíveis infecções por botnets em estágios iniciais.
Além disso, implementar medidas de segurança adicionais, como autenticação multifator e criptografia, podem reforçar a autenticação de acesso com métodos adicionais e proteger informações sensíveis para evitar o vazamento de dados mesmo em casos de ataques bem-sucedidos.
👉 Leia mais: Como implementar gestão de identidades e acessos
Existem várias soluções de mercado que visam proteger negócios contra ameaças representadas pelas botnets, oferecendo uma ampla gama de abordagens e funcionalidades para fortalecer a segurança cibernética.
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