Escrito por: TIVIT

A tecnologia traz como conceito um conjunto de princípios, métodos, instrumentos e processos que são determinados para atender uma necessidade.

Dessa maneira, a tecnologia aplicada em uma necessidade de negócios traz soluções que permitem que o core-business seja sustentado e executado, mas com o passar do tempo, como qualquer ativo, a tecnologia torna-se obsoleta, defeituosa e onerosa.

Este cenário traz um questionamento: quanto uma solução que não está aderente às necessidades do core-business de uma organização é sustentável e quais são os principais motivadores para modernizá-la?

Alguns indicadores são necessários para verificar a necessidade de renovar a plataforma que sustenta seu negócio, um bom exemplo é determinar a percepção de valor que a solução está proposta a atender.

Os itens visíveis para o usuário são os requisitos funcionais, aquilo que o usuário interage, já os invisíveis são requisitos não-funcionais que suportam a solução e trazem valor para TI. Ao explicar e avaliar os requisitos, a dívida técnica são os itens não atendidos pela solução, como não são visíveis para o usuário, podem tornar-se defeitos e trazendo uma má percepção ao usuário.

Sendo que a solução está produtiva, ela é viva, e pode surgir novas necessidades, correção de defeitos e atendimentos regulatórios, portanto a relação entre demanda x esforço deve-se ser ponderada, porque este coeficiente é uns dos determinantes para informar que sua plataforma precisa ser modernizada. Contudo, o custo de viver executando processos vitais para o negócio com uma tecnologia onerosa pode ser muito mais caro. Afinal, ao crer na solução legada, coloca-se em risco a própria existência do negócio em si.

A solução legada, não existe uma definição literária, mas pode-se ser entendida segundo o Business Dictionary, o sistema legado é um “sistema obsoleto de computador que ainda pode estar em uso porque seus dados não podem ser alterados para formatos mais novos ou padrão, ou porque seus programas de aplicação não podem ser atualizados. ”

De fato, os adjetivos “desatualizado” e “obsoleto” descrevem o sentimento de um sistema/solução legada. Apesar disso, os aspectos atrelados aos valores negativos definem com clareza como classificar o legado, que vão além de sua idade.

Podemos ter aplicações utilizando novas tecnologias e que não conseguem atender as demandas de desempenho, eficiência, conformidade com requisitos de negócios modernos, compatibilidade e integralidade, segurança e custo de manutenção.

 

 

A solução legada traz problemas que irão impulsionar a necessidade de modernização e estes podemos destacar alguns, que podem até fazer parte do seu dia-dia.

 

Lento e Pesado

A percepção de lentidão é dada quando a solução não consegue ter o tempo de resposta aceitável para a utilização do sistema ou funcionalidade. Por exemplo, pense em uma funcionalidade que temos 100 profissionais acessando simultaneamente, com uma fila de 100 acionamentos por minuto e este demora-se 5 minutos para o retorno, imagine o impacto diário desta operação e principalmente a satisfação do cliente final em não ser atendido.

Software desatualizado

Se a empresa funciona com base em software de terceiros, goste ou não, ela é dependente do fornecedor para atualizações e manutenção. Porém, quando algo acontece com a empresa fornecedora, como aquisição, falência ou não renovação, as chances de você reconsiderar sua solução de software são altas. Lembrando que uma solução produtiva é viva e provavelmente a solução deixará de receber as atualizações e correções e seu alicerce negocial aumentará as dívidas técnicas e por consequência os defeitos que impactarão seu negócio.

Falta de Mobilidade

Atualmente os recursos móveis são essenciais em todos os negócios. De aplicativos ou aplicações web responsivos voltados para o cliente à ferramentas internas de gerenciamento de processos de negócios. Desta forma, se seu software não puder ser acessado de qualquer outro dispositivo que não seja o do escritório, você poderá estar atrasado em termos de desempenho e receita.

Soluções não integradas

Com a disponibilização de novos devices podem surgir duplicação de regras de negócio, algo que não é uma boa prática e traz sérios problemas no gerenciamento de configuração da solução, portanto, a necessidade de fornecer integrações voltadas ao domínio negocial é latente para a aderência de novas soluções nos próximos anos.

 

Treinamento ou especialista

Apenas determinadas pessoas da equipe sabem operar o sistema ou a solução construída em tecnologias do século passado como Cobol, PowerBuilder, VB6 ou Forms. A empresa sujeita-se a conviver com recursos de pessoas escassas e qualquer ausência de colaborador pode ser prejudicial à rotina de trabalho, além do tempo gasto em treinar novos funcionários para adquirir o conhecimento necessário, correndo o risco de quebra da solução.

Não é escalável

Seu negócio está em constante evolução, ou deveria estar. Ou seja, se o seu modelo de negócios mudar, seu software deve ser capaz de acompanhar. Se um sistema legado não acompanha o crescimento da empresa, os recursos tornam-se limitados com o aumento da demanda, e se isto ocorre, o negócio está a caminho do fim.

 

Todo processo de modernização deve seguir uma estratégia e metodologia. A TIVIT com esta premissa criou um framework de modernização baseado no TOGAF, sendo este, com a evolução das etapas com o pensamento e direcionamento para atender as necessidades do seu Core-Business.

 

 

Um erro muito comum no processo de modernização e que pode elevar muito o custo ou mesmo inviabilizar o projeto é definir a estratégia com base na tecnologia, TI por TI. A tecnologia só está aqui para agregar valor ao negócio, não o contrário.

A jornada de modernização prepara o seu negócio e aplicações legadas para uma arquitetura que possa suportar o seu negócio da melhor forma. Nas etapas iniciais do framework é o Deep Inspection que percorre toda sua solução legada e ao final demonstra todas as dependências de objetos entre objetos, objetos entre banco de dados, métricas de complexidade e acoplamento. Com esses dados e com o apetite de agregação de valor do cliente, definimos a melhor estratégia e jornada de modernização.

 

Confira também: Para que serve o metaverso

Guuilherme Renan
Guilherme Costa Santos
Arquiteto de Soluções e Cloud,
TIVIT

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Renan Oliveira Lisboa
Analista Desenvolvedor
TIVIT 

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