Escrito por: TIVIT

A computação em nuvem é o novo normal e, cada vez mais, tem ganhado popularidade em todo o mundo nos mais diversos mercados, afinal, independentemente do porte, as empresas estão obtendo vantagens como flexibilidade, escalabilidade, segurança, alta disponibilidade, entre outras.

Todavia, a migração para a nuvem precisa ser estruturada com estratégias e maturidade, pois sem um plano consolidado, o resultado ficará comprometido. Aumento de custos, não conformidade com licenciamento e tempo na jornada são alguns exemplos de resultados indesejados.

O processo de migração tem início na etapa de descoberta e planejamento, por este motivo é fundamental perseguir as perguntas: Como as aplicações e diferentes cargas de trabalho serão migradas? O que há em cada ambiente e como eles estão interligados entre si? Quais aplicações são mais críticas e quais suportam menos indisponibilidade? Quais são os custos e tempo dispostos?

Com as devidas respostas e o direcional corporativo para adoção da nuvem (motivadores), é possível agrupar em diferentes estratégias de migração. Uma dica simples que ajuda a consolidar o plano é começar por cargas de trabalho mais simples – priorizar rápidos resultados (“quick wins”).

Neste artigo, iremos trazer o modelo de “6 R’s” que a Amazon Web Services descreve como estratégias básicas para realizar a migração de aplicações para a nuvem com efetividade. (Leia o whitepaper AWS Migration). Estas estratégias são derivadas da pesquisa do Gartner “Migrating Applications to the Cloud: Rehost, Refactor, Revise, Rebuild, or Replace?“, publicada em Dezembro de 2010 como a estratégia dos “5 R’s”.

 

Os “6 R’s” da AWS

 

1 – Rehosting

Estratégia conhecida como “Lift and Shift”, mudando aplicações de ambientes on-premise para a nuvem sem modificação ou modernização. No geral, esta abordagem conta com o auxílio de ferramentas nativas da nuvem ou de terceiros, para movimentar as cargas de trabalho sem modificação. Mesmo com baixo esforço é possível atingir objetivos corporativos, por exemplo trocar CapEx por OpEx e reduzir custos. 

 

2 – Replatforming

Neste caso, pode ser chamado também de “Lift & Reshape ou “lift-tinker-and-shift”. Aqui são feitas transformações nas cargas de trabalho sem realizar modificações no core da arquitetura. As aplicações são migradas para serviços de plataforma (PaaS) que encapsulam poder de computação, administração e licenciamento. Por exemplo, migrar bancos de dados relacionais (Oracle, SQL Server, MySQL, entre outros) para o serviço gerenciado Amazon RDS ou aplicações web (Java, .NET, PHP, Python, entre outros) para a plataforma gerenciada AWS Elastic Beanstalk. Além de redução de custos com infraestrutura e licenciamento há ganhos significativos de segurança e agilidade.

 

3 – Repurchasing

A estratégia se refere à “Drop & Shop”, consistindo na desativação do aplicativo e sua substituição por uma versão baseada serviço (SaaS), ou substituição para uma nova solução que suporte este modelo. Em suma, ocorre uma mudança para um produto diferente, por exemplo: levar um CRM para Salesforce.com.

 

4 – Refactoring/ Re-architecting

Esse modelo respalda uma total revisão de como as aplicações são construídas para readaptá-las utilizando recursos nativos da nuvem. São realizadas grandes modificações, sendo fundamental repensar e rearquitetar a aplicação. Por exemplo migrar de arquiteturas monolíticas para micro serviços ou funções (FaaS). Aqui observamos os maiores ganhos em escalabilidade, disponibilidade e custos, porém o tempo de adequação é o maior dentre as abordagens apresentadas.

 

5 – Retire

Como o nome diz, eliminar a aplicação que já não faz sentido manter no ambiente agora em nuvem. Seja porque foram descontinuados ou consolidados durante a migração.

 

6 – Retain

Uma atividade passiva, que representa revisitar ou não fazer nada de imediato. Nesse cenário, determinadas aplicações podem não estar prontas ou adequadas para a migração, sendo o necessário retê-los onde estão, ao menos, no início da jornada, ou dependendo, permanentemente. De toda forma, o ideal é migrar apenas as aplicações que fazem sentido para o negócio.

 

Esses são os “6 R’s” da AWS e devem ser considerados como base nas estratégias para determinar as ações a serem tomadas na jornada para a nuvem. Não existe bala de prata e a oportunidade de otimizar as cargas de trabalho e reduzir custos é diretamente proporcional ao esforço e complexidade de adotar cada uma das estratégias, em ordem do menor para o maior; Retire, Retain, Rehost, Repurchase, Replatform e Refactor/Rearchitect.

Para obter sucesso, é fundamental contar com um parceiro que tenha maturidade para desvendar todo o cenário e as reais necessidades, contribuindo assim para uma migração mais rápida, efetiva e aproveitando de fato todas as vantagens da nuvem.

A TIVIT pode te ajudar nessa jornada!

Confira também: Microsserviços na migração para a nuvem

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