Escrito por: TIVIT

Os microsserviços, ou microservices, já se consolidaram como uma abordagem confiável em empresas de TI de diversos tamanhos. Esse modelo de arquitetura surge como uma opção para otimizar o cotidiano das operações e desenvolvimento de TI, o tão falado conceito de ‘DevOps’ e conseguir uma integração contínua para a produção das aplicações. E, ainda, simplifica a migração para a nuvem.

A Pesquisa Microservices bring faster application delivery and greater flexibility to enterprises realizada recentemente pelo TechRepublic Premium apontou que, dentre os entrevistados, 73% já integrou a arquitetura em seu processo de desenvolvimento de aplicativos e, referente aos benefícios listados pelas organizações que já têm os microsserviços integrados, no topo ficou a rapidez na implementação de serviços (69%), em seguida a flexibilidade para responder rapidamente às mudanças com (61%) e depois a expansão rápida de novos recursos em grandes aplicativos (56%).

Em suma, os microsserviços dividem os sistemas de software monolíticos em serviços independentes menores e gerenciáveis.

 

Porque os microsserviços estão sendo utilizados por empresas?

Primeiramente, vamos falar do sistema monolítico, que é o clássico ambiente em que você tem o seu aplicativo rodando em um servidor, um application server ou até mesmo em um único banco de dados. Ou seja, uma única instância sendo responsável por fazer todo o processamento da aplicação, com todas as regras de negócio embarcadas em um único componente. Entre as vantagens desse sistema é que você tem uma uniformização de linguagem, além de ser mais simples para deploy por conter apenas um pacote para atualizar. Todavia, há grandes desvantagens e foram elas que geraram insumos para a chegada da arquitetura dos microsserviços. Abaixo as desvantagens dos sistemas monolíticos:

  • Alto acoplamento de componentes (um servidor fazendo mais de uma função de negócio – quando altera uma função, altera o todo);
  • Após certo tempo o código e a aplicação ficam muito extensos e na maioria das vezes com muitas condicionais (IF, regras de negócio);
  • Qualquer nova funcionalidade ou deploy exige o shutdown completo da aplicação;
  • Stack de tecnologia tende a ficar defasado (linguagem, SO, middleware);
  • Capacidades de infraestrutura com crescimento e escalabilidade vertical na maioria das vezes.

Esses problemas foram solucionados pelas estratégias de microsserviços, que, por ter um ambiente onde se é quebrada a aplicação em pequenas funcionalidades, há uma maior flexibilidade. Isso porque, há um baixo acoplamento de componentes, onde cada microsserviço faz uma única função e atua de maneira coesa. Nesse contexto, um sistema com microsserviços já é uma arquitetura estruturada em escalabilidade horizontal. Sendo assim, cada componente é independente, podendo ser desenvolvido, testado, deployado e escalado sem impactar os demais serviços. Outra vantagem dos microsserviços é a abordagem de resiliência existente no ambiente, oferecendo maior tolerância a falhas devido a um recurso chamado circuit breaker, que atua como uma espécie de disjuntor, cujas aplicações ganham condições de suportar tempos específicos de indisponibilidade de algum dos microsserviços.

É importante citar aqui a Infraestrutura como Código (Iac), que está diretamente associada e atrelada a ambientes de microsserviços, permitindo o gerenciamento e o provisionamento de infraestruturas através de código, apresentando, também, uma boa maneira de determinar estratégia e eficiência quando se trata de automatização, eficiência operacional e velocidade nas entregas das aplicações.

 

Docker como facilitador para adoção de microsserviços

O Docker é uma ferramenta utilizada para a criação e gestão de containers (principal tecnologia que viabiliza a publicação de microsserviços). Essa ferramenta oferece mais rapidez e agilidade na implantação dos containers, simplificando a entrega e o gerenciamento dos microsserviços e, ainda, permite a padronização e automatização da forma como os aplicativos baseados em microsserviços são criados, compartilhados e executados.

Contudo, podemos verificar que, como no ambiente orientado a microsserviços as aplicações são desmembradas em componentes independentes, a leveza e a capacidade de compartilhar processos semelhantes em diversas aplicações são valorizadas no momento de desenvolvimento, sendo tais características que tornam a migração dos aplicativos para a nuvem algo menos complexo. Além disso, essa arquitetura proporciona maior desempenho, otimização e alta performance na entrega de softwares com a qualidade.

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Confira também: O que é um deploy

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