Os ataques de ransomware são realizados por meio de um código malicioso ou uma categoria de malware que tem a capacidade de infectar os equipamentos informatizados e tornar inacessíveis os seus arquivos. O hacker que deu origem à ameaça tem uma senha que permite o acesso aos dados, por isso ele envia ao proprietário as instruções para recuperação das informações.
Os cibercriminosos utilizam essa prática para ganhar dinheiro de forma fácil e rápida, sendo que alguns deles colocam contadores de tempo nas instruções, para que o preço do resgate aumente a cada dia. Normalmente, eles exigem o pagamento em bitcoin, que é a sua moeda digital preferida. Achou isso assustador? Não se preocupe, é possível evitar esses riscos.
Neste conteúdo, vamos apresentar um guia completo sobre os ataques de ransomware e explicar o que é esse tipo de vírus. Aqui, você vai descobrir quais danos que ele pode causar para a sua empresa e como fazer para evitá-lo. Além disso, entenderá como essa ameaça atua de maneira mais específica no Brasil e de que maneira é possível se livrar desses perigos.
Gostaria de saber o que pode fazer ao ser infectado e adquirir outras informações relevantes? Acompanhe a leitura deste post e descubra a importância de fortificar o sistema de segurança virtual da empresa!
Ransomware é a denominação que foi dada para uma família de vírus que infecta computadores e notebooks. Eles foram criados por pessoas mal intencionadas, com o objetivo de fazer o bloqueio do acesso às informações de sistemas e arquivos com o uso da criptografia. Desse modo, se o usuário precisar acessar os dados, terá de pagar uma quantia em criptomoedas.
O valor é pago pelos proprietários como resgate pelas informações que são importantes para o desenvolvimento do negócio. As criptomoedas são digitais e não podem ser rastreadas nas operações financeiras, porque a criptografia impede a localização do criminoso. A única forma de se proteger contra esses ataques é por meio da prevenção. Os principais tipos de ransomware são:
A maioria dos ataques cibernéticos pode e deve ser evitada com medidas de proteção, já que é uma ameaça à produtividade das empresas e expõe dados sigilosos a terceiros. Para proteger os seus projetos, é necessário seguir vários princípios de segurança da informação, utilizar controles, adquirir ferramentas e fazer a gestão dos riscos para minimizar os perigos.
Os ransomwares causam vários prejuízos para as corporações e já movimentaram milhões de dólares no mundo inteiro. Centenas de ataques são efetuados diariamente e a maioria tem como alvo empresas situadas no Brasil. Eles afetam os empreendimentos, paralisando as suas atividades ao contaminar as suas máquinas mais importantes, por exemplo, os servidores que contêm o banco de dados.
Sendo assim, as organizações que não fizeram um planejamento para disaster recovery podem permanecer paradas durante horas e dias. Elas podem perder dados relevantes porque não têm o valor exigidos pelos hackers para pagar o resgate dos arquivos que foram criptografados de maneira maliciosa, ou terão de efetuar o pagamento e suportar os prejuízos.
Não há qualquer garantia de que os criminosos devolverão o acesso aos arquivos após o atendimento às suas exigências. É possível que os dados nunca mais sejam recuperados e a empresa perderá a sua credibilidade. Os clientes não têm confiança em organizações que não investem em segurança e sofrem ataques virtuais. Será difícil explicar a eles o que aconteceu.
Há empresas especializadas que conseguem descriptografar algumas variantes de ransomware e recuperar os arquivos sequestrados. Porém, ainda não há tecnologias criadas para a recuperação das informações de alguns tipos desses vírus, que são continuamente modificados pelos criminosos. Mas, assim que você descobrir o ataque, poderá tomar várias medidas para impedir a sua propagação.
O ransomware se espalha pela rede e infecta as outras máquinas se nada for feito para eliminá-lo. Em caso de ataque, procure elevar as possibilidades de recuperar os arquivos isolando o computador contaminado da rede. Essa medida deve ser imediata, porque esse equipamento se tornou uma fonte de contaminação e contaminará os demais.
Se a sua empresa não tem outra rede, a solução é desconectar o cabo o mais rápido possível. Em seguida, instale um antivírus corporativo e faça uma verificação de todo o sistema. Essa solução é muito conhecida e existem diversas alternativas disponíveis no mercado para a proteção de dados. Ao identificar o vírus durante uma varredura, elimine-o rapidamente.
Restaure os arquivos sequestrados utilizando o seu backup e realizando o restore. Contudo, não conecte o backup de dispositivos externos no computador que foi infectado pelo ransomware. Dessa forma, se o vírus ainda estiver presente em algum local, ele não conseguirá destruir os dados que foram salvos no repositório. Efetue a cópia para outro dispositivo que será conectado no equipamento.
Não faça a formatação do HD se a sua empresa precisa recuperar os arquivos criptografados pelo criminoso. Ao formatar a máquina, dificilmente os dados serão recuperados posteriormente. Procure identificar o tipo de ransomware utilizando sites que indicam as ferramentas úteis para fazer a descriptografia. A Bitdefender fornece uma solução que identifica diversas versões desses vírus.
Caso a infecção tenha ocorrido por uma das variações conhecidas de ransomware, as ferramentas indicadas na Internet ajudarão a recuperar os dados. Se ainda não tiver sido criada uma ferramenta própria para o tipo de vírus que contaminou a máquina, utilize um software que recupera arquivos que tenham sido deletados ou reverta a cópia de sombra do sistema Windows.
Mantenha os seus aplicativos e sistemas operacionais atualizados e utilize um processo eficiente ou aplicação para gerenciar os patches de segurança. A melhor forma de superar essas ameaças é fazer o planejamento da segurança digital, pois apenas o uso do antivírus é insuficiente para evitar e eliminar as contaminações. Ele é somente um dos componentes aplicados pelos profissionais especializados.
Os investimentos em TI são indispensáveis para quem atua no área corporativa. Não adianta apenas comprar um excelente antivírus e acreditar que ele será suficiente para livrar os seus arquivos dos criminosos virtuais. Essa ferramenta pode falhar, inclusive, na hora de identificar o ransomware, permitindo que ele passe despercebido durante a varredura.
Não permita que os seus sistemas fiquem desatualizados e inseguros devido ao uso de softwares piratas. Fale com os seus colaboradores e não permita que eles instalem programas nos equipamentos da empresa se eles não forem profissionais da área de TI. Converse com o técnico, peça para eliminar os aplicativos craqueados e monitore os usuários.
Existem serviços na Internet que expõem o banco de dados da sua empresa por meio de diversas portas e acessos remotos. Por esse motivo, antes de fechar uma contratação, verifique todas as garantias oferecidas pela empresa fornecedora e confira a sua credibilidade. Escolha uma opção que tenha alguns anos de atuação no mercado e que seja reconhecida por outras organizações.
Há vários modos de evitar que as suas máquinas sejam infectadas por ransomwares. Um deles é criar uma lista de inventário dos ativos críticos e mantê-la atualizada com os detalhes do sistema, da tecnologia e do proprietário de cada um. Veja outras formas de se prevenir contra os ataques cibernéticos que causam enormes prejuízos financeiros às organizações!
Estabeleça uma linha de base que seja aplicável a todos os sistemas críticos da empresa e permita o seu monitoramento inteligente. Essa baseline deve ser utilizada para todas as ferramentas de segurança que se baseiam em infraestruturas, redes existentes, acompanhamento da integridade das pastas e arquivos e log de autenticação para disparar alertas em caso de atividades anormais.
Implemente um planejamento efetivo para isolar ou remediar os sistemas que não estejam em conformidade com a baseline. Ambientes ou aplicativos desprotegidos que não se submetam aos controles ou não atendam aos padrões e às políticas de segurança devem ser completamente isolados da rede para não causar contaminações de arquivos por vírus.
É importante conhecer os pontos de conexão com a Internet ou terceiros e saber a sua localização, para que sejam imediatamente desconectados em caso de acidentes virtuais. Faça testes e realize avaliações de riscos para compreender o estado do ambiente que pode ser alvo de ataque e prepará-lo com o uso de ferramentas e processos específicos para que fiquem protegidos.
Evite que os servidores internos estejam diretamente conectados à Internet. Prefira um servidor em cloud, sistema proxy físico ou dispositivo de gateway com reforço. Configure as normas de firewall e permita somente as entradas e saídas indispensáveis para a execução das atividades do negócio, necessidades do suporte e da modernização das aplicações essenciais.
Crie uma comissão com equipes para testes de respostas aos incidentes e faça a modelagem das ameaças. Utilize os resultados para localizar os componentes do cyber-kill-chain aplicados em simulações de ataques e verifique se os controles detectam e respondem positivamente. Essas informações podem fazer parte de um planejamento para remediar e investir em mais proteção.
Padronize as regras de firewall de perímetro e rede por meio de processos de controle de alterações e relatórios de gestão. Os servidores vulneráveis que não têm chances de correção ou proteção precisam ser transformados em independentes após a sua retirada do domínio. O seu isolamento reduzirá o impacto de ataques que tenham como finalidade roubar credenciais.
Realize a implementação de programas de melhorias continuamente para fechar todas as lacunas e chegar ao estado almejado conforme o seu interesse pela eliminação dos riscos, modelo operacional e estratégias de negócio. Nesse contexto estão incluídos os processos, as ferramentas e as habilidades dos defensores. Aplique tecnologias de simulação de violação e ataque Brake Assist System (BAS).
Use também tecnologia de gerenciamento de superfície de ataque Automatic Storage Management (ASM), que vão aprimorar a segurança das atividades. As principais opções são Verodin, XM Cyber e PcySys. Faça o bloqueio do perímetro da rede demilitarized zone (DMZ) e possibilite a restrição do tráfego de saída de firewalls. Não confie em acessos remotos ou externos a aplicativos e sistemas.
Estabeleça processos de conformidade e governança que envolvam todos os interessados e os líderes, para dar respostas técnicas imediatas aos ransomwares. Use estratégicas eficientes para a recuperação de desastres virtuais e priorize infraestrutura crítica que esteja alinhada às metas de recuperação por meio de backups. Promova o backup contínuo dos arquivos e faça testes com os arquivos.
Garanta que os ransomwares não consigam ter acesso aos backups on-line e proteja as cópias separadas para que não sejam criptografas pelo ransomware. Se não tiver um programa de hardening para os sistemas, desenvolva um e faça revisões periódicas. Gerencie os endpoints e aplique as técnicas vitais para diminuir as superfícies de ataque.
Faça a higiene apropriada dos terminais para garantir a segurança de aplicativos e monitore o tráfego de rede conferindo os alertas de segurança sobre atuações anômalas. Aproveite os recursos para a prevenção contra a perda dos dados Data Loss Prevention (DLP) e o monitoramento da integridade dos arquivos. Verifique se a configuração dos sistemas está conforme as orientações do fabricante.
Habilite as ferramentas que detectam a intrusão com base em host e rede e use soluções para controlar o acesso aos dados, facilitar a recuperação e minimizar a extensão dos ataques. O uso do Grafo Acíclico Dirigido (DAG) diminui a exposição aos vírus, implementa privilégios, detecta comportamentos e automatiza as trilhas de auditorias.
Configure os aplicativos do Microsoft Office para que eles não executem automaticamente os macros ao serem abertos os documentos. É indicado auditar, inspecionar e supervisionar frequentemente essas aplicações, principalmente aquelas que contêm informações sigilosas e que são manipuladas nos sistemas rotineiramente. Considere as oportunidades de negócios digitais para gerenciar os riscos de infecção.
Comece a restringir as permissões de acesso aos aplicativos e sistemas apenas para os usuários que precisam utilizá-los. Faça o rastreamento das credenciais, tokens e dispositivos e utilize recursos para a revogação de uso. Revise os grupos de colaboradores que necessitam acessar o ambiente corporativo, o setor financeiro, os dados confidenciais, entre outros.
Tenha certeza de que o fluxo de trabalho é apropriado revisando-o constantemente, para que somente seja possível o acesso às informações privilegiadas pelas contas autorizadas. Bloqueie a instalações de aplicações pelos usuários, remova os direitos de administrador local e use recursos de distribuição de softwares. Ofereça duas contas para os administradores.
Os administradores não devem utilizar serviços de colaboração, navegar em páginas da Internet, abrir e-mails ou compartilhar arquivos se estiverem conectados com a conta de administrador em uso. Essas contas somente devem ser usadas quando for realmente preciso, por meio de patches e pacotes atualizados em ambientes compatíveis com os parâmetros de segurança.
Os profissionais de gerenciamento de riscos e segurança de TI precisam remover a necessidade de privilégios quando estes forem desnecessários. Revise e aplique as diretivas ou aumente a frequência de alteração, bem como a complexidade das senhas utilizadas no dia a dia. Garanta que as contas privilegiadas sejam únicas em cada sistema.
Em vez de utilizar contas de domínios de sistemas legados, use contas locais e minimize os riscos de uso para ataques a outros sistemas. Aproveite a possibilidade de aplicar o cofre de senha ou a autenticação multifatores em cada conta privilegiada para acessos baseados em script e interativos. Aumente o log de autenticação dos servidores, serviços e dispositivos de rede.
Caso perceba atividades inesperadas, notifique suas equipes de segurança e garanta que os colaboradores identifiquem as tentativas de autenticação que falharam ou os logins incomuns. Deixe claro quais grupos e contas não são utilizados, principalmente aqueles com graus mais elevados de acesso a sistemas e aplicativos, ainda que sejam úteis durante incidentes.
Deve ser realizada com frequência a revisão das ferramentas de segurança implementadas, assim como a proteção dos terminais aplicados aos sistemas. Profissionais especializados precisam responder a incidentes e dar conselhos sobre a existência de deficiência em processos ou soluções implantadas. Faça também a revisão da lista de fornecedores e das empresas terceirizadas.
Confira se essas organizações armazenam credenciais para o acesso de aplicativos ou sistemas afetados por ransomware. Localize soluções de prevenção avançadas para lidar com as ameaças e métodos desses vírus que possam ser aplicadas às ferramentas de administração do sistema local, protocolo remote desktop e e-mails.
Confirme se as exclusões e políticas são eficazes e solicite uma auditoria de configuração para saber se as proteções recentes foram ativadas. Aproveite as opções de gerenciamento para a remoção das vulnerabilidades dos aplicativos e dos sistemas operacionais. Utilize filtros, como firewalls e gateways da web, para endereços URL/IP, objetos executáveis e e-mails suspeitos.
Exclua anexos e links inseguros usando controles e não permita a execução de softwares não confiáveis. Com ferramentas avançadas, faça o bloqueio de ataques fileless que ocultam o ransomware e procure treinar alguns colaboradores para formar uma equipe que encontrará as situações de riscos usando um serviço gerenciado Security Operations Center (SOC).
Invista em treinamentos para a educação e conscientização dos colaboradores sobre as questões de segurança. Há capacitações específicas para cada equipe atuar sem infectar as máquinas com ransomware. Faça simulações de phishing e use materiais para as capacitações, além de criar cenários de infecção por vírus e com criptografia para averiguar se há vulnerabilidade na estação de trabalho.
Alguns treinamentos gamificados são mais recomendados do que os métodos convencionais, pois incentivam os colaboradores a utilizar as suas competências e aplicar as técnicas de exploração. Promova exercícios de preparação para a gestão das crises, manutenção das estratégias e atualização semestral dos procedimentos.
Testes regulares precisam ser criados em cenários de respostas aos incidentes envolvendo ransomware. Garanta que esses procedimentos não dependam do sistema de TI para impedir que eles fiquem indisponíveis ou sofram ataques virtuais mais graves. O estabelecimento de métodos alternativos para o acesso e conexão com ferramentas de segurança também é muito importante.
O vírus atua silenciosamente em segundo plano para que a sua presença não seja detectada com facilidade. Infectam os equipamentos devido às vulnerabilidades do sistema, conexão de dispositivos USB contaminados, softwares vulneráveis, downloads de arquivos, uso de aplicações pirateadas, anúncios maliciosos, kits de exploração, páginas comprometidas, plataformas ou aplicativos de mensagens, protocolo multicanal ou macros em documentos do Microsoft Office.
Os ransomwares infectam a máquina e se propagam da mesma maneira que os outros malwares e vírus. Eles podem chegar à sua empresa pelas redes sociais, e-mails, sites falsos e serviços de mensagens com apelos que convencem os usuários a acessar os seus anexos ou a clicar em seu link. Os textos trazem informações sobre notícias impactantes ou dívidas.
As mensagens podem pedir ainda que você atualize os seus dados bancários. Depois que o usuário acessar o link ou arquivo, o ransomware inicia a contaminação da máquina, seguindo instruções de bloquear um conjunto de arquivos ou o sistema inteiro. Ele atua de várias formas, conforme os objetivos e a programação feita pelo hacker.
Um ransomware pode explorar as falhas de segurança e trocar as senhas de um sistema. Ele também consegue fazer a instalação de softwares que bloqueiam a tela e impedem o acesso aos recursos. Os dados não são apagados, somente bloqueados pelo vírus, que é enviado pelos criminosos em campanhas de phishing ou e-mails falsos semelhantes aos verdadeiros.
E, então, a sua empresa está de fato protegida contra ataques de ransomware? Como você pode ver, esses vírus sequestradores de dados estão sendo muito utilizados para tirar dinheiro dos empresários que estão desenvolvendo as suas atividades de forma honesta. É muito importante fortificar o sistema virtual da sua empresa para evitar que qualquer tipo de ameaça destrua o futuro das suas finanças.
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