Escrito por: TIVIT

Quando se fala em Lei Geral de Proteção de Dados, muito se pensa na questão regulatória e em como as empresas precisam lidar com essa responsabilidade, não é mesmo? A realidade, porém, é que se trata de um assunto muito maior do esse, com uma função social bastante relevante, construindo uma relação de confiança entre todas as partes envolvidas.

 

Afinal, os usuários não querem apenas fazer contato com uma empresa, mas construir e confiar em quem é o detentor das suas informações. Em um mercado competitivo, isso pode ser um diferencial importante para o sucesso de qualquer organização, especialmente para aquelas que querem levar a relação com o usuário para um outro nível de confiabilidade.

 

Mas a boa notícia é que a tecnologia também pode contribuir para encontrar soluções aos lados negativos, não é mesmo? O que acha, então, de entender um pouco mais sobre como a LGPD pode contribuir para a criação de um ambiente digital ainda mais seguro? Continue a leitura deste artigo para se aprofundar no assunto!

Lei Geral de Proteção de Dados e sua função social

Uma das principais soluções desenvolvidas no Brasil quando se fala em segurança é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Basicamente, diz respeito às regras e direcionamentos para que as organizações possam estruturar processos sólidos de coleta, armazenamento e uso de dados e informações pessoais. Sendo assim, é uma proteção para os usuários que estão na internet.

 

Afinal, quem garante que a empresa armazenadora de dados — por exemplo, do seu cartão de crédito — vem utilizando processos eficientes? Tudo isso passa pela definição de uma legislação sobre o tema. E é exatamente isso que a LGPD tem para oferecer para a sociedade: aumento da eficácia dos processos que envolvem a manipulação constante de informações pessoais ou sigilosas.

 

Como caráter social, portanto, a LGPD define uma série de boas práticas que precisam ser seguidas para não acontecer nenhuma punição:

  • definição de processos claros em relação à coleta e ao armazenamento de dados;
  • adoção de boas práticas de gestão das informações coletadas;
  • implementação de estratégias de segurança da informação;
  • monitoramento e atualização constantes dos processos internos.

A importância da curadoria de resultados

Esse panorama atual legislativo é o que temos hoje para nos auxiliar no convívio com a era digital e o que entendemos até aqui, mesmo que de forma superficial, sobre a construção e funcionamento das inteligências artificiais que movem nossas relações. Mediante isso, torna-se inevitável pensarmos sobre como é possível a garantia desses direitos.

 

Embora a tecnologia assuma um caráter cada vez mais autônomo de funcionamento, resta a necessidade de o ser humano manter um controle sobre essas tecnologias. Contudo, isso não precisa ser visto como um fardo, já que é possível, também, a criação de ferramentas que atuem não apenas sob o algoritmo, mas também sobre seus resultados. 

 

O uso de mecanismos de governança e curadoria de resultados são, basicamente, técnicas de avaliação e responsabilização sobre resultados. Elas envolvem medidas técnicas e humanas para ajuste, correção e melhoria da interpretação das IAs para complementar as limitações de compreensão sobre contextos que poderiam resultar em respostas antiéticas e/ou não adequadas. As ações de curadoria podem incluir boas práticas como:

  • (i) a auditoria do algoritmo;
  • (ii) a revisão das decisões automatizadas;
  • (iii) adoção dos relatórios de impacto à proteção de dados pessoais (RIPD).

Seguindo boas práticas nesse sentido, a tendência é que a sua organização consiga ser vista como uma referência dentro do assunto. Os mecanismos de governança garantem que a sua companhia construa uma relação mais próxima com os usuários que se relaciona, ganhando em confiança e autoridade dentro do segmento de atuação.

 

Afinal, trata-se de um tema que está em constante mudança, o que exige um monitoramento muito próximo de tudo o que é feito. A partir disso, toda a empresa tende a se beneficiar, até mesmo para a criação de novas estratégias e ações, pensando em otimizar o desempenho de toda a organização.

 

Claro que um dos pontos mais importantes para evitar conflitos entre o direito à privacidade e o uso de inteligência artificial está na própria tecnologia, mas é preciso pensar, também, no processo de educação tecnológica. Ou seja, as empresas e a sociedade como um todo devem conhecer o ambiente em que são peças fundamentais. Sem isso, os riscos para todas as partes são muito maiores.

 

A educação tecnológica passa, portanto, pela busca constante por informações, processos e estratégias que podem ajudar a construir um ambiente online mais seguro para todos os seus componentes. Com a evolução da tecnologia cada vez mais rápida, o que funcionava ontem já não vai ser suficiente amanhã. E, por isso, é necessário sempre buscar novas alternativas e soluções para a sua empresa se manter competitiva.

 

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Por Nathalia Criscito, Analista de Segurança da Informação da Tivit.

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