Escrito por: Rodolpho Sá – Gerente de Segurança da Informação da TIVIT
 

No mundo acelerado do desenvolvimento de software, a pressão pela velocidade muitas vezes deixa a segurança como uma reflexão tardia, um obstáculo final a ser superado antes do lançamento. Essa abordagem tradicional não é apenas ineficiente, mas também perigosa, levando a vulnerabilidades que são mais caras e complexas de corrigir em um ambiente de produção. O DevSecOps oferece uma solução ao integrar a segurança em todas as fases do ciclo de vida de desenvolvimento, transformando-a de um obstáculo em uma responsabilidade compartilhada. No entanto, o sucesso do DevSecOps não depende de ferramentas, mas de uma mudança cultural fundamental dentro da organização.
 

O cerne dessa transformação é o princípio da responsabilidade compartilhada. A segurança não é mais o domínio exclusivo de uma equipe dedicada; torna-se parte integrante da função de todos. Os desenvolvedores são capacitados para escrever código seguro desde o início, as equipes de operações constroem e mantêm uma infraestrutura segura, e as equipes de segurança evoluem de guardiões para facilitadores, fornecendo as ferramentas e a orientação necessárias. Este modelo colaborativo quebra os silos e acelera o processo de desenvolvimento ao incorporar a segurança desde as decisões arquitetônicas iniciais.
 

Uma estratégia fundamental para alcançar isso em escala é o programa Security Champions. Com as equipes muitas vezes em menor número que os engenheiros, esses campeões, desenvolvedores com grande interesse em segurança, atuam como uma ponte entre suas equipes e os especialistas. Eles servem como o primeiro ponto de contato para questões de segurança, ajudam a traduzir os requisitos para o contexto de sua equipe e auxiliam na triagem inicial de vulnerabilidades. Para que tal programa tenha sucesso, requer o patrocínio executivo para garantir que a função seja formalmente reconhecida e valorizada.
 

Isso leva ao papel crucial do patrocínio executivo e das métricas. Qualquer mudança cultural em grande escala precisa de um forte apoio da liderança para superar a resistência e fornecer os recursos necessários. O sucesso deve ser medido não apenas pelo número de vulnerabilidades encontradas, mas por métricas que reflitam os resultados de negócios e a eficiência do processo. Os principais indicadores de desempenho incluem:
 
 

  • Tempo Médio de Remediação (MTTR): um MTTR decrescente indica um processo de correção de vulnerabilidades mais eficiente.
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  • Densidade de Vulnerabilidades: redução das vulnerabilidades por linha de código sugere melhores práticas de codificação segura.
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  • Taxa de Recorrência de Vulnerabilidades: uma taxa baixa mostra que as equipes estão aprendendo efetivamente com os erros do passado.
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  • Cobertura de Testes de Segurança: Visar uma cobertura quase total de projetos com testes de segurança automatizados.

 
Na TIVIT apoiamos as empresas na jornada de DevSecOps, oferecendo equipes especializadas que integram segurança em todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software. Com essa abordagem, as organizações conseguem acelerar a entrega de produtos digitais, garantindo a proteção contra vulnerabilidades e mitigando riscos de forma proativa. O objetivo é ajudar os clientes a construir uma cultura de segurança robusta, onde desenvolvedores, operações e times de segurança colaboram desde as fases iniciais do projeto.